INFORMATIVO

27/01/2020 Mioma pode estar relacionado a infertilidade?

A doença inclui sangramentos e ameaça a fertilidade das mulheres, mas é benigna e tratável

Mioma: a palavra é estranha e mais assustadora do que a enfermidade propriamente dita. Apesar de associada a tumor (o significado de oma), sofrimento com sangramentos e até mesmo a ameaça de infertilidade às mulheres, a doença é benigna e tratável. Atualmente, dependendo do tamanho e localização, nem é mais necessário retirar o útero e/ou ovários, único método adotado para resolver o problema há algum tempo. Novos tratamentos têm colaborado para resolver este problema, que acomete cerca de metade das mulheres brasileiras, geralmente entre os 30 e 50 anos.

“Já é possível usar técnicas menos severas de controle ou eliminação do problema, como a ablação histeroscópica do endométrio, terapia alternativa à histerectomia (retirada do útero). O processo é uma espécie de queimação cirúrgica do endométrio (membrana mucosa que reveste a parede uterina), que paralisa o sangramento da mulher. Por conta disso, com o passar do tempo, o mioma tende a regredir, já que fica sem a irrigação sanguínea para se manter ativo no organismo”, revela Antonio Julio Sales Barbosa, ginecologista do Hospital Santa Catarina de São Paulo.

Outro procedimento opcional à retirada do útero é a embolização do tumor. A prática consiste na cauterização dos vasos e artérias da região onde está localizado o mioma. Dessa forma, o tumor benigno deixa de receber o “alimento” – no caso o sangue -, e regride, podendo até mesmo desaparecer. “Caso seja mesmo necessária a retirada do útero, é possível usar uma forma menos agressiva: a laparoscopia – procedimento cirúrgico minimamente invasivo que permite uma recuperação mais rápida da paciente. Aliás, a retirada do útero não causa nenhum efeito secundário ou malefícios ao corpo da mulher”, esclarece o ginecologista.

Os sintomas mais comuns da presença dos miomas dos tipos intramurais (nasce e permanece dentro da parede do útero) e submucosos (toda ou parte da lesão cresce dentro do útero) são a dor na região pélvica sem motivo aparente ou na relação sexual, sangramentos vaginais abundantes durante a menstruação ou irregulares fora deste período e aumento acentuado do ventre. “Os miomas subserosos crescem para fora do útero e por conta disto, normalmente não causam alterações menstruais, mas também podem causar dor por comprimir outras estruturas da região reprodutora. Mas, independente do tipo, ao sinal da enfermidade a mulher deve procurar imediatamente por tratamento médico”, aconselha o especialista.

Ainda segundo o Dr. Antonio Barbosa, a incidência da enfermidade vem aumentando nos últimos anos em decorrência da maior exposição da mulher aos anticoncepcionais, que tem hormônios como o estrogênio, responsável pela textura da pele e diretamente relacionado ao equilíbrio entre as gorduras no sangue e colesterol. “Com o foco na vida profissional, a mulher tem adiado a gravidez para cada vez mais tarde e, consequentemente, tomado contraceptivos por mais tempo”, comenta o ginecologista. Uma maior produção voluntária de estrogênio e fatores hereditários podem tornar algumas mulheres mais suscetíveis ao aparecimento de miomas.

saudeempautaonline.com.br

https://www.bonde.com.br/saude/tire-suas-duvidas/mioma-pode-estar-relacionado-a-infertilidade–198483.html

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