INFORMATIVO

27/08/2019 Tratamento de mioma de útero sem cirurgia

O mioma nada mais é que um tumor benigno (não canceroso) que se desenvolve na camada muscular do útero e acomete mulheres já a partir de 25 anos; porém, somente ¼ das mulheres portadoras de mioma desenvolvem sintomas, sendo os principais: sangramento menstrual prolongado e abundante (ás vezes com eliminação de coágulos), anemia, cólicas menstruais intenas, sensação de peso no baixo ventre, vontade constante de urinar com sençação de pressão na bexiga , dor lombar,dor nas relações sexuais, pressão no intestino (com constipação), aumento do volume abdominal, abortamento e o pior deles, a infertilidade.

O diagnóstico se faz, inicialmente, por meio de exame físico simples com o ginecologista que confirmará a presença, ou não, de mioma através de uma ultrasonografia.

Até bem pouco tempo, o único tratamento conhecido para o mioma era a cirurgia, ou seja, a retirada total ou parcial do útero (histerectomia). Atualmente, existem técnicas vídeo-endocóspicas que possibilitam a retirada exclusiva do mioma, mas para isso o tumor deverá estar localizado numa camada superficial do útero; entretanto, os miomas volumosos ou numerosos (múltiplos) e internos (intramurais) só são retirados, em sua grande parte, com a remoção também do útero.

De uma certa forma, a cirurgia resolve o problema, mas de maneira radical pois, na franca maioria das vezes, o útero é completamente extirpado.

No caso de mulheres acima de 50 anos, a cirurgia era considerada a melhor escolha já que ela não mais está em idade fértil, porém, além das complicações que podem aparecer devido ao ato operatório (ex: problemas, infecção, hemorragia, dores, aderências, diminuição na vida média da função ovariana, distúrbio sexuais, tromboses, etc.) a histerectomia leva a mulher a uma sensação de “vazio” pélvico afetando, inclusive, seu bem estar psicológico e sua feminidade.

Já em mulheres jovens, ainda em idade fértil (entre 30 e 40 anos), a cirurgia se apresenta como resolução terapêutica extrema, muitas vezes com a perda inevitável do potencial de gravidez já que grande parte de mulheres jovens inférteis assim o é em decorrência justamente de pequenos miomas que impedem a estabilização do ovo (embrião) nas paredes uterinas, provocando perda do mesmo.

Também devemos salientar que o colo do útero é coadjuvante na lubrificação vaginal e na liberação das endorfinas importantes para o orgasmo, daí a preocupação com a preservação deste importatnte órgão.

A partir de 1994, preocupado com o crescente número de histerectomias na Europa e américa do Norte (só para ter idéia, nos EUA, de cada 03 mulheres com 60 anos, uma já foi submetida á retirada radical do útero…) um médico francês chamado Raviná começou a buscar menos extremistas para o tratamento do sangramento relacionado ao mioma; ele iniciou testes envolvendo o cateterismo seletivo para embolização (sub-oclusão) dos vasos (artérias de pequeno calibre) que nutrem o útero e, conseqüentemente, os miomas que nele localizados.

Após 100 casos realizados, sua taxa de sucesso foi de 85%. Atualmente, pesquisadores norte-americanos estão descrevendo inúmeros estudos envolvendo essa técnica com ótimos resultados. No Brasil, desde 1.999, vários especialistas estão se dedicando a embolização seletiva da artéria uterina no caso de miomas e sangramento, sendo um dos principais destaques o Prof. Dr. Claudio Yokoyama, de São Paulo, que possui uma das maiores casuísticas do país. www.yokoyama.com.br

A técnica da embolização em si, comparada a cirurgia, é muito mais simples e seus riscos bem melhores; após anestesia local, ou bloqueioperidural, um pequeno furo é feito na virilha da paciente (por agulha especial) e por ele é introduzido um fino tubo (cateter) que é conduzido até a artéria uterina distal; estando o cateter lá posicionado, o médico (angioradiologista) injeta por este tubo micro-partículas (PVA ou Embosferas) que irão provocar a oclusão parcial dos vasos distais que nutrem a região do útero onde está o mioma e, com isso, o aporte de sangue diminui ocorrendo uma redução considerável do tamanho do útero e, conseqüentemente, do mioma. Todo o procedimento leva, em média, de 30 a 50 minutos de duração com internação de 24 a 48 horas, sendo que a mulher estará apta a retornar às suas atividades profissionais em 05 a 07 dias, deixando o hospital somente com um pequeno furo na virilha.

Já há 2 anos tenho trabalhado semanalmente com o Dr. Yokoyama e os resultados terapêuticos parecem bem satisfatórios.Algumas das jovens pacientes que se submeteram a embolização, antes inférteis devido a miomatose múltipla, já conseguiram engravidar.

Por fim, quero deixar claro que não se trata de técnica milagrosa e tam-pouco de procedimento substitutivo para a cirurgia de retirada do útero. Trata-se, sim, de um novo conceito no tratamento da miomatose uterina, bem menos agressivo para mulheres na menopausa e, no caso de mulheres inférteis, uma alternativa viável para conseguirem uma gravidez.

SERVIÇO
Dr. Arthur Camara Leal Cardenaz
Angioradiologista e cirurgião vascular 
CRM mg27.485t
Pouso Alegre – MG 
Clínica Nossa Senhora de Fátima
(35) 3422-2903 consultório

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