INFORMATIVO

26/11/2019 Procedimentos menos invasivos ajudam a tratar miomas no útero

Os miomas, tumores benginos que aparecem na parede do útero, atingem até 70% das mulheres em idade fértil. Sua causa é incerta, explica o ginecologista Renato Ferrari, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). Atualmente, os miomas são tratados de acordo com o tamanho e o tipo de incômodo que causam, na maioria das vezes sangramento. A histerctomia (retirada do útero) é o tratamento definitivo, mas felizmente, hoje existem técnicas minimamente invasivas que, dependendo do caso, tratam o mioma sem acabar com as chances de uma gravidez futura, ou para aquelas mulheres que simplesmente desejam preservar o útero.

– Os sintomas mais comuns dos miomas são sangramento, infertilidade dependendo de sua posição, e dor – explica Ferrari.

Os sintomas mais comuns dos miomas são sangramento, infertilidade dependendo de sua posição, e dor (R. Ferrari, ginecologista)

O ginecologista Michel Zelaquett, da Rede D´Or, afirma que apenas 30% das mulheres com miomas vão precisar de tratamento.

– Ás vezes o mioma atrapalha uma gravidez. Dependendo do local, pode dificultar a concepção ou provocar abortos espontâneos – afirma Zelaquett. A cirurgia ainda é o tratamento mais barato e o único oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas opções mais modernas como a cauterização e a embolização pode ajudar quem está tentando engravidar sem sucesso.

A escolha do tratamento, segundo Zelaquett, vai depender de fatores como a idade da mulher, a quantidade e o tamanho dos miomas, e se ela tem muitos sangramentos ou sente muita dor, e cada um tem seus prós e contras.

– Não é possível evitar que surjam novos miomas após a cirurgia para a retirada dos miomas, pois a paciente pode ter tumores pequenos que não são retirados e que podem crescer se o útero for mantido. No tratamento conservador com a embolização, que causa a diminuição do mioma, é possível que ele cresça novamente. Quanto ao uso do ultrassom, é um método novo e ainda precisamos de tempo para avaliar melhor os resultados.

Confira os tratamentos disponíveis para os miomas:

– Medicamentos: A medicação pode ser usada para reduzir ou acabar com sangramentos. O dispositivo intra-uterino (DIU) costuma ser recomendado, mas não trata o mioma. Segundo o ginecologista Renato Ferrari, os medicamentos que reduzem os miomas são caros, não devem ser usados por mais de seis meses, têm efeitos colaterais e, com a interrupção, o mioma volta a crescer, por isso não costumam ser receitados com frequência.

– Embolização: É um procedimento minimamente invasivo no qual o médico insere um cateter na virilha da paciente para chegar às artérias do útero e cortar o fluxo de sangue que ‘alimenta’ o mioma. Sem sangue, acaba diminuindo de tamanho. A paciente costuma ficar internada por até dois dias e depois precisa repousar por mais duas semanas. Porém, não garante o fim do mioma. É uma alternativa para mulheres que querem engravidar.

Cirurgia: A intervenção pode retirar o mioma ou o útero, dependendo da gravidade do caso. A cirurgia pode ser feito por laparotomia (barriga aberta), laparoscopia (introdução dos aparelhos por pequenos orifícios na barriga), ou a histeroscopia (o aparelho é introduzido pelo colo do útero). Costuma ser indicado em casos de miomas maiores ou que causam muito sangramento e dor. Hoje em dia, os médicos tentam evitar a histerectomia (retirada do útero), cirurgia arriscada com recuperação lenta que pode trazer efeitos colaterais e psicológicos a mulher.

extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/procedimentos-menos-invasivos-ajudam-tratar-miomas-no-utero-338081.html

2 respostas para “Procedimentos menos invasivos ajudam a tratar miomas no útero”

  1. boa tarde, DRs e DRªs . Sou uma cidadão Angolana, que infelizmente também tenho problema de miomas. pretendo fazer embolização, mas aqui no meu país ainda naão fazem embolização de miomas.
    gostaria de saber o seguinte:
    Quanto custa a embolização de miomas?
    Quanto tempo dura, isto é, uma semana ou um mês ?
    E se, depois da embolização de miomas poderei engravidar normalmente?

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