INFORMATIVO

26/11/2020 Embolização trata miomas intrauterinos: as explicações de um médico
Embolização trata miomas intrauterinos: as explicações de um médico

Em que consiste a embolização?

A embolização uterina para tratar os miomas foi iniciada em Paris, em 1995, por um grupo multidisciplinar de radiologistas de intervenção e ginecologistas que tinham experiência em embolização uterina para controlar a hemorragia após o parto. Experimentaram utilizar a mesma técnica para tratar eletivamente mulheres com miomas, com muitas queixas de hemorragia uterina. Em 1999 começamos a implementar esta técnica em Portugal, onde fomos pioneiros. Somos o grupo a nível nacional com maior experiência em embolização uterina e temos das maiores casuístas publicadas a demonstrar a segurança e eficácia da embolização uterina para os miomas e das potencialidades em engravidar após este tratamento numa escala mundial. Trata-se de um tratamento não invasivo, guiado por imagem, realizado por radiologistas de intervenção. É realizado sob anestesia local, sem necessidade de bisturi, nem de incisão cirúrgica na pele. Apenas é introduzido um pequeno tubo de plástico (catéter) numa artéria da virilha ou punho que guiamos por imagem até ao útero. No útero realizamos a embolização, ou seja, a obstrução das artérias que nutrem os miomas. Trata-se de um tratamento muito simples e seguro, feito sem dor, em 30-60 minutos. As doentes entram de manhã e têm alta ao fim do dia, podendo retomar toda a vida normal e voltar ao trabalho após 3 a 5 dias.

A Viamed é uma empresa especializada no tratamento e embolização de miomas.

Porque é melhor do que outros tratamentos?

Trata-se de uma alternativa à cirurgia muito útil pois as mulheres têm menos dores e a recuperação é muito mais rápida. O risco de complicações graves é inferior e a taxa de sucesso no tratamento das queixas é superior a 90%, próximo do da cirurgia. Além disso, não são realizadas incisões ou cortes na pele, não é necessário o bisturi e não temos de “abrir” a barriga para remover o útero ou os miomas. Não é preciso anestesia geral e não há perdas de sangue com o tratamento. Acima de tudo, com a embolização, a mulher pode preservar o útero, sendo poupada a tratamentos mais invasivos com potencial para mais complicações e mais graves. Desta forma, mulheres que queiram preservar o útero ou mulheres que queiram engravidar e que a cirurgia possível seja apenas a remoção de todo o útero (histerectomia), a embolização deverá ser fortemente considerada. Apesar de todas estas vantagens da embolização uterina relativamente à cirurgia, menos de 7% das mulheres com miomas têm acesso à embolização uterina. Isto deve-se ao facto de haver pouca informação e divulgação desta técnica em geral e porque, mesmo dentro da comunidade médica, muitas mulheres não têm acesso a uma consulta de radiologia de intervenção para avaliarem as hipóteses de poderem ser embolizadas em vez de serem operadas.

Fonte: Um artigo do médico Tiago Bilhim,- radiologista de intervenção.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Faça sua pré-avaliação sem custos com nosso médico especialista
Social Share Buttons and Icons powered by Ultimatelysocial