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23/10/2019 Intervenção do mioma assegura integridade do útero e facilita gravidez

Embolização arterial é o método mais moderno para o tratamento de mioma, doença que pode atingir cerca de 35% das mulheres em todo o mundo, dificultando a conquista da maternidade em alguns casos.
O mioma ainda é um dos tumores benignos ou fibromas uterinos mais comuns nos dias de hoje. Uma entre cada cinco mulheres pode ter esses fibromas durante a idade fértil, período que se estende da menarca até a menopausa, aparecendo de forma discreta nas mulheres a partir dos 30 anos e de modo mais expressivo nas mulheres de 50, quando metade delas podem apresentar os fibromas. O grupo de risco aumenta entre as afrodescendentes, com menor incidência em mulheres brancas. A causa do fibroma uterino é desconhecida, no entanto, seu crescimento tem sido vinculado ao hormônio estrogênio. Se a mulher com fibroma continuar menstruando, o mioma continuará crescendo, geralmente de forma lenta. A doença diminui a qualidade de vida da paciente, por isso, mesmo sem desejo de engravidar ela deve procurar essa alternativa cirúrgica. O diagnóstico pode ser feito durante o exame físico ginecológico, através do ultrassom pélvico ou endovaginal e, em casos especiais, através da ressonância magnética.
O grande desafio das mulheres é vencer o mioma sem causar a histerectomia do útero, especialmente para aquelas que ainda desejam ter filhos. Mas o tipo de tratamento e as indicações variam de acordo com os sintomas, podendo ser expectante, medicamentoso, miomectomia, histerectomia e embolização. A boa notícia é que Salvador e algumas cidades do interior já contam com a técnica mais moderna para o tratamento e cura da doença, um método pouco invasivo, com 98% de eficácia e que possibilita a mulher engravidar entre seis meses e um ano após a regressão do mioma. Mas, qualquer mulher que tem mioma no útero e apresenta sintomas desconfortáveis é potencialmente candidata a fazer uma embolização, independentemente da quantidade, tamanho e localização dos nódulos de mioma.
Entre os especialistas da Bahia, o médico Paulo Sergio Andrade (CRM 17.054) garante que a cirurgia atual é o método mais moderno, não invasivo, com duração de 40 minutos a uma hora para todos os procedimentos, que hoje inclui uma pequena punção na virilha, para introdução do cateter, ao invés da incisão de quase 20 cm que no procedimento da histerectomia. Segundo ele, a embolização arterial surgiu há cerca de 15 anos e rapidamente se tornou um método efetivo e pouco invasivo para o tratamento dos miomas uterinos por meio de equipamentos de alta tecnologia e da técnica de cateterismo percutâneo.
“Hoje, já consagrado cientificamente, o procedimento consiste em bloquear o fluxo sanguíneo intencionalmente nas artérias que estão alimentando o mioma. Nós introduzimos microesferas que atuam precisamente nos pontos de nutrição do mioma, com o objetivo de obstruir esses vasos. Dessa forma, eles não conseguem se alimentar e morrem. O tratamento é realizado sob sedação consciente e raquianestesia. A paciente recebe alta hospitalar em 24 horas e entre cinco a sete dias poderá retornar às suas atividades do período pré-operatório”, explica o médico radiologista intervencionista.
Para isso, são utilizadas máquinas tecnologicamente avançadas que emitem raio X de uma forma contínua (fluoroscopia) e geram imagens em altíssima resolução, com riqueza e precisão de detalhes para realização do procedimento por meio da utilização do contraste iodado, atividade ligada ao setor de Hemodinâmica. Os tratamentos mais comuns são realizados por meio de procedimentos cirúrgicos, invasivos, e, em muitos casos, dependendo do tamanho ou quantidade de miomas, é recomendada a retirada do útero.
“O benefício da nova tecnologia está justamente na garantia da integridade do útero e no fato de ser um procedimento sem corte. Além disso, a embolização segue preceitos da medicina moderna, que preconizam a menor invasividade possível, tempo de recuperação mais rápido, menos dor e também proporciona melhores resultados estéticos para o paciente”, defende o especialista.
Sobre a doença
O tumor benigno se desenvolve no útero da mulher e, dependendo da sua localização, tamanho e quantidade, pode ocasionar sérios problemas, incluindo dor e sangramento menstrual intensos como principais sintomas. “Outros sinais merecem atenção”, pontua Dr. Paulo Sergio, como “anemia, distensão abdominal com sensação de peso ou pressão na pelve, dores pélvica, abdominal, nas costas, nas pernas, ou durante as relações sexuais, além da sensação de pressão na bexiga, com vontade constante de urinar, e constipação”. Nesses casos, o médico orienta que a mulher procure imediatamente seu ginecologista para orientação de qual a melhor conduta frente ao caso clínico.
Os resultados clínicos da embolização já foram amplamente descritos em inúmeros artigos científicos publicados na literatura médica ao longo dos últimos dez anos. O médico radiologista intervencionista Paulo Sérgio Andrade (CRM 17.054) os resume da seguinte maneira: nove entre cada 10 mulheres que tinham sangramento intenso voltam a ter menstruação normal; nove entre cada 10 mulheres que tinham dor provocada por miomas relatam desaparecimento do sintoma; e o tamanho do útero e dos miomas regride em até 50% nos três primeiros meses após a embolização e em até 90% após um ano.
“Os efeitos provocados pela embolização são permanentes, o que raramente torna necessário algum procedimento terapêutico adicional. E a maioria das mulheres, assim que retomam o ciclo menstrual regular, já podem engravidar”, avalia Andrade, ciente da importância desses resultados para a saúde da paciente e das futuras mamães.
Quem tem uma boa história para contar é a vendedora Eliane Vasques, de 33 anos. Ela sofreu muito por causa do mioma, sentiu dores fortes e chegou a menstruar por 15 dias todo mês. O diagnóstico foi dado pelo seu ginecologista, que indicou a retirada do tumor e do útero por meio de uma cirurgia. Eliane e o marido, que ainda planejavam ter filhos, recorreram a outros dois especialistas porque ficaram muito abalados e preocupados com a notícia da histerectomia. Foi quando descobriram a alternativa da técnica de embolização, numa conversa com o radiologista que fazia os seus exames.
“Quando fui fazer o exame transvaginal, fiquei sabendo da embolização, esse método maravilhoso de tratamento do mioma. Foi também o radiologista quem me indicou Dr. Paulo Sérgio, o médico radiologista intervencionista com quem fiz o procedimento. Minha ginecologista me apoiou e Dr. Paulo me explicou todas as vantagens da intervenção, do pós-operatório e da possibilidade de poder engravidar depois do tratamento. Isso me deixou muito feliz e comemorei com meu marido a chance de sermos pais”, relembra, com entusiasmo.
Para essa família, o resultado foi fantástico. “A embolização é um método ótimo. Fiquei apenas um dia internada e meu pós-operatório foi tranquilo, com cólicas fracas apenas nos dois primeiros dias. Agora, três meses depois da embolização, fiz o exame transvaginal novamente e não há mais vestígio do mioma, meu útero está limpinho e saudável. Eu e meu esposo agora só pensamos em aumentar a família”, revela.

Fonte: https://saudebusiness.com/voce-informa/intervencao-do-mioma-assegura-integridade-do-utero-e-facilita-gravidez/

2 respostas para “Intervenção do mioma assegura integridade do útero e facilita gravidez”

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